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Poetiza-me

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“Chamam-me poeta nas ruas. E eu nem rimar sei. Nem sei se sei rimar bem. Eu apenas sei que as minhas rimas vêm do além. Chamam-me traficante. E eu nem sei se vendo o mal ou o bem. Não sei se o que vendo faz mal, mas sei que não faz bem.” E aqui estou eu. A tua musa, tua inspiração. A responsável da tua admiração. A culpada desses sentimentos que as ruas consomem. A mulher que inspirou essa sedução. E eu sei que vais negar, mas ambos sabemos que não seguiste em frente. Pensaste que nunca encontrarias ninguém tão viciante como eu. Então ficaste, e eu fui. Dás voltas e voltas, e voltas sempre aqui. E aqui estás tu, novamente. Com uma ideia nova em mente, obviamente. Procuras em mim aquilo que não encontras em mais ninguém. Procuras em mim aquilo que não encontras em ti. Consomes o meu corpo e roubas-me um pouco da minha alma. Levas muito de mim, mas não me levas a mim. E lá vais tu para casa satisfeito, nem que seja por momentos. Esqueces que os

Idas (s)E(m) Voltas

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 “Nada na vida é tão difícil que eu não possa superar.” Então, eu fico. Fico e nem olho para trás. Fico, olho para a frente e limito-me a ver-te partir. Podia pedir-te que ficasses, mas sei que, tanto como eu, precisas de ir. A única coisa que nos separa neste momento é a coragem que revelas no ato de partires. Podia ir contigo, mas não tenho essa coragem. Todos os lugares para além daquele onde me encontro, ainda que me despertem uma certa curiosidade e sede de conhecer, dão-me nós na barriga, deixam-me ansiosa, por isso prefiro ficar. A verdade é que tenho medo de tudo aquilo que me é desconhecido. Receio que tenha motivado a tua ida... Receio que não te tenha dado motivos para ficares... Sei que fizeste tudo por mim. E para mim, isso chegou. Sei também que é difícil para ti o facto da minha família e dos meus amigos nunca te terem aceitado. Mas eu aceito-te, aprovo-te e isso é tudo aquilo que precisas de saber, mesmo que escolhas partir. Sinto que somos inseparáveis,

Se estás a ler isto, é tarde demais (Videoclip)

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Tarde demais para despedidas. E ainda bem. Só eu sei como odeio despedidas. Tarde demais para um “adeus”. Porque agora eu estou sozinho com Deus. Tarde demais para dizer o que eu sinto. Mas saibam que eu sinto, sinto muito. E, em jeito de desculpas, sinto muito por não vos poder contar. Se estás a ler isto, é tarde demais. Tarde demais para vos dizer o quão importantes vocês são para mim. Tarde demais para mostrar o orgulho que tenho em vocês. E é por isso que o escrevo. Partilho com o papel e a caneta um pouco de mim, um pouco de vocês. No fim, este livro será um pouco de mim, um pouco de ti. Se estás a ler isto, é tarde demais. Tarde demais para ser quem sou. Independentemente daquilo que vejam, eu vou ser sempre aquela criança deitada no chão a olhar para o céu. A sonhar o mais alto possível. A querer ver o mundo de pernas para o ar. Porque, para mim, não há mundo melhor do que o mundo de pernas para o ar. Se estás a ler isto, é tarde demais. Mostraste-me o

Memórias

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“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” FERNANDO PESSOA Enquanto estive aqui, vivi da melhor maneira possível. Enquanto estive aqui, fui feliz. Enquanto estive aqui, vivi. Não estive aqui tantos anos como gostaria de ter estado. Não vivi tantos momentos como gostaria de ter vivido. Não passei tanto tempo com as pessoas que gostava como gostaria de ter passado. Mas como Fernando Pessoa disse, “o valor das coisas não está no tempo que elas duram”. O valor das coisas está “na intensidade com que acontecem.” E tudo aconteceu tão depressa. Vivi tudo com uma profunda intensidade. Vivi tão rápido. Mas deixei tanto de mim, em vocês. E levei tanto de vocês, em mim. Todos os dias relembro os momentos inesquecíveis que vivemos. E isso fez-me perceber que os momentos não são inesquecíveis. As pessoas com quem os vivemos é que são. As pessoa